quinta-feira, 10 de abril de 2014

'Aedes aegypti' pode se tornar transmissor de mais uma doença no País

BIODIVERSITY / BIODIVERSIDADE (198)


BIODIVERSITY (198)

'Aedes aegypti' can become a disease one more transmitter in the country

Research shows that insects that roam around here have a high ability to convey the chikungunya fever, caused by a virus of the same name that circulates by 40 countries and arrived in the Caribbean

By Clarissa Thomé
O Estado de S. Paulo

Old acquaintance of Brazilians, the Aedes aegypti can become more transmitter a disease in the country, in addition to dengue fever and yellow fever.  Research Instituto Oswaldo Cruz, published in the Journal of Virology, shows the bugs that circulate around here have a high ability to convey the chikungunya fever, caused by a virus of the same name that circulates by 40 countries and recently came to the Caribbean. The work, carried out in partnership with the Pasteur Institute, showed that in addition to the A. aegypti, Aedes albopictus have high potential to spread the fever. The concern of researchers is greater with the proximity of the World Cup, with the increase of tourists in the country.

Chikungunya fever has dengue-like symptoms headache, high fever and muscle pain. What differentiates the diseases are the sharp pains in the joints, which in some cases can last months. The chikungunya also does not cause blood changes, as fall of platelets, which leads the way in the case of hemorrhagic dengue fever.

Researchers began investigating the transmission of the virus after the first cases were reported in Brazil, in Sao Paulo and Rio, in 2010. Those infected had visited Indonesia, but the disease has not spread across the country.

"We wondered if our mosquitoes, in the Americas, were not susceptible. We did the study with samples of isolated strains in Africa, and in parts of the Indian and Pacific oceans. When we were finishing the study-and concluded the potential for transmission-, started the outbreak on the French islands of the Caribbean," said a researcher at the Hematozoários (Hematozoa) Laboratory of the Instituto Oswaldo Cruz, Ricardo Lourenço, who coordinated the study. "We are very scared of the virus spread by Brazil. In addition to having the transmitting mosquitoes have a susceptible population, who have never had contact with these antibodies. "

Lab. Virus strains were analyzed from Africa, New Caledonia and the Indian Ocean region. In the laboratory, mosquitoes from ten countries were infected (in addition to the United States, Brazil, Mexico, Panama, Venezuela, Peru, Bolivia, Paraguay, Uruguay and Argentina). On average, the mosquitoes were able to spread the disease in seven days. The A. albopictus collected in Rio de Janeiro were able to transmit the disease in two days.

"This represents an almost five times lower than occurs with dengue fever. After biting an infected person, the mosquito has the virus in saliva between 10 and 14 days later. A mosquito have to live two weeks to transmit disease, during this period many will die. If the insect is able to pass the disease in two or three days, accelerates the ability epidemic, "said Lawrence. "The Aedes albopictus received secondary attention, but now have to go on to have a greater care. Was responsible for outbreaks in France and in Italy ".

The A. albopictus spreads away from houses, not inside of buildings, like the a. aegypti. "The outbreaks are in backyards, on the edges of forests, in parks. Likes of vegetal cover greater, backyards and neighborhoods with bamboo," explains Lawrence.

Published by O Estado de S. Paulo in April 9, 2014

(Until next Thursday, April 17, 2013)

1.bp.blogspot.com

BIODIVERSIDADE (198)

'Aedes aegypti' pode se tornar transmissor de mais uma doença no País

Pesquisa mostra que insetos que circulam por aqui têm alta capacidade para transmitir a febre chikungunya, provocada por vírus de mesmo nome que circula por 40 países e chegou ao Caribe

Por Clarissa Thomé 
O Estado de S. Paulo

Velho conhecido dos brasileiros, o Aedes aegypti pode se tornar transmissor de mais uma doença no País, além da dengue e da febre amarela. Pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz, publicada no Journal of Virology, mostra que os insetos que circulam por aqui têm alta capacidade para transmitir a febre chikungunya, provocada por vírus de mesmo nome que circula por 40 países e chegou recentemente ao Caribe. O trabalho, realizado em parceria com o Instituto Pasteur, mostrou que além do A. aegypti, o Aedes albopictus têm potencial elevado de disseminar a febre. A preocupação dos pesquisadores é maior com a proximidade da Copa do Mundo, com o aumento de turistas no País.

A febre chikungunya tem sintomas semelhantes aos da dengue - dor de cabeça, febre alta e dor muscular. O que diferencia as doenças são as fortes dores nas articulações, que em alguns casos pode durar meses. O chikungunya também não provoca alterações sanguíneas, como queda de plaquetas, que leva à forma hemorrágica no caso da dengue.

Os pesquisadores começaram a investigar a transmissão do vírus depois que foram registrados os primeiros casos no Brasil, em São Paulo e no Rio, em 2010. Os infectados haviam visitado a Indonésia, mas a doença não se espalhou pelo País.

"Nos perguntamos se os nossos mosquitos, nas Américas, não eram suscetíveis. Fizemos o estudo com amostras de cepas isoladas na África, e em regiões dos oceanos Índico e Pacífico. Quando estávamos terminando o estudo - e concluímos o potencial de transmissão -, começou o surto nas ilhas francesas do Caribe", afirmou o pesquisador do laboratório de Hematozoários do Instituto Oswaldo Cruz, Ricardo Lourenço, que coordenou o estudo. "Estamos muito assustados de o vírus se espalhar pelo Brasil. Além de termos os mosquitos transmissores, temos uma população suscetível, que nunca teve contato com esses anticorpos."

Laboratório. Foram analisadas cepas de vírus da África, Nova Caledônia e da região do Oceano Índico. Em laboratório, mosquitos de dez países foram infectados (além do Brasil, Estados Unidos, México, Panamá, Venezuela, Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina). Em média, os mosquitos estavam aptos a disseminar a doença em sete dias. Os A. albopictus coletados no Rio de Janeiro foram capazes de transmitir a doença em dois dias.

"Isso representa um tempo quase cinco vezes menor do que ocorre com a dengue. Depois de picar uma pessoa infectada, o mosquito tem o vírus na saliva entre 10 e 14 dias depois. Um mosquito precisa viver duas semanas para transmitir a doença, nesse período vários vão morrer. Se o inseto é capaz de passar a doença em dois ou três dias, acelera a capacidade epidêmica", afirmou Lourenço. "O Aedes albopictus recebia atenção secundária, mas agora tem que passar a ter um cuidado maior. Foi o responsável pelos surtos na França e na Itália".

O A. albopictus se dissemina afastado das casas, não dentro dos imóveis, como o A. aegypti. "Os focos estão nos quintais, nas bordas das matas, nos parques. Gosta de cobertura vegetal maior, bairros com quintais e bambuzais", explica Lourenço.

Publicado por O Estado de S. Paulo em 9 de abril de 2014 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, aqui você é bem vindo para comentar avontade. Se for criticar, que seja com respeito!

Obrigada Por comentar.