segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

DESTINO TRAÇADO


DESTINO TRAÇADO

Bate, bate. Dor. Grito!
Sangra, tinta escarlate
Ninguém, que perguntasse!
Onde vai, Maria?
Quem soubesse, que falasse.
Como se para, essa agonia?
Quem mandou? Quem mandou? Quem sabe?
Esse destino feroz, implacável.
Bater tão forte, nesta mulher miserável.
Dizem que é carma, fugir não pode.
Ai! De quem não compreende a lição.
Mede-se “QI”, na cabeça, “QE, no coração.
Pobre, Maria!
Não se enquadra no padrão.
Espremida, sufocada.
Ninguém ouve seu grito, pobre coitada!
Em penúria e queixume, vê-se isolada.
Na sociedade, diz-se marginalizada.
Tem, por certeza a morte, por esperança,  a redenção.
Como ensina, o pregador no sermão.
Em caixa de madeira, tem o corpo guardado.
Sem velas, sem flores, desfigurado.
Contudo, herda, sete palmos de terra.
A alma retorna, dizem os sábios.
E, ainda escolhe, o Destino Traçado.
Senhor! Perdoa! E, se puder,
Recebe essa mulher, com o céu todo enfeitado.
Liabel
Direitos Autorais Reservados. Reg. Mec.152,128

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