sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

CARLOS ALBERTO REIS

Por que acreditar em discos voadores?

Se a pergunta parece descabida num primeiro momento, uma análise isenta de paixões e à luz de um amplo conhecimento em outras matérias parece respondê-la de maneira clara e, de certa forma, conclusiva. Que matérias são essas? Que outros campos do saber podem oferecer esclarecimentos que permitam, no mínimo, uma reflexão mais profunda voltada ao cerne do problema? Cabe ainda desdobrar a pergunta: Precisamos acreditar? Para responder, é preciso fundamentalmente duas coisas:  por um lado,  conhecer o fenômeno OVNI pelo viés de sua  estrutura intrínseca, e  por outro, com absoluta isenção, mergulhar intensamente em áreas do conhecimento que, de alguma forma, em última instância, tratem do ser humano, ou melhor, da condição humana em toda a sua complexidade. E o que encontramos ao vivenciar essas duas frentes de trabalho? Encontramos a resposta para a questão proposta.
Quando se tem às mãos os melhores autores e as melhores obras; quando se tem a legítima intenção de  buscar conhecimento e quando se tem a consciência (ou se adquire) de como se manifesta a natureza humana, a resposta salta aos olhos de maneira inequívoca. Pois aí estão, para quem quiser ver,  Antropologia, Sociologia, Psicologia, Psicanálise, História, Religião, Mitologia, Neurociências, Biologia, Ciências Astronômicas, Filosofia. Aí estão alguns dos mais importantes nomes em cada uma dessas disciplinas  – Lévi-Strauss, Zygmunt Bauman, Gilbert Durand, Ernst Cassirer, Marilena Chauí, Constança M. César, Rubem Alves, Mircea Eliade, Jung, Freud, Campbell... uma constelação de figuras notáveis que nos legaram seus melhores saberes.
E a convergência de todas essas leituras e de todos esses pensamentos, estudos, pesquisas e indagações, com fulcro na mitologia, e todos sem qualquer relação com a ufologia, nos levam a identificar a extrema fragilidade e desamparo da espécie humana diante de si mesma, do seu destino e do inegável  isolamento no cosmos. Fragilidade, desamparo, carências, angústias, medos, paradoxalmente ao lado de sua magnífica capacidade de criar, inventar, raciocinar, construir. Esse o dilema básico – o homem colocado no ponto equidistante entre uma existência divina e outra primitiva – uma ponte imaginária suspensa por um inexorável elemento: a finitude humana, sem qualquer possibilidade de burlar essa insuportável espera.
Se os mitos dizem isso o todo momento, desde sempre, em todas as sociedades  – primitivas ou modernas, e se os estudos comparativos entre mitologia e ufologia apresentam indiscutíveis semelhanças em sua natureza, estrutura, forma, narrativas e função, parece correto depreender que sim, precisamos acreditar em discos voadores. Para superar a angústia visceral da experiência da solidão e do silêncio cósmico, o homem cria fantasias, quimeras, ilusões e utopias como mecanismo de defesa e  autopreservação contra uma realidade que expõe sua desimportância diante do implacável pêndulo do tempo e da grandiosidade do universo.http://www.ufologiadesnudada.blogspot.com.br/

Um comentário:

  1. Muito eu tenho lido e estudado e....cheguei a mesma conclusão. Não tem por onde....

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